segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A beleza da dor

Bem considero que a dor, como tudo na vida, quando enxergada por olhos otimistas, possa ser mais bonita do que a felicidade nos modos costumeiros. A dificuldade nem sempre vem seguida de tristeza, assim como o fácil não necessariamente irá representar conquistas felizes.

Na verdade, acredito que tudo o que conseguimos sem muito esforço perde a graça já no momento seguinte, quando não temos o íntimo reconhecimento de luta. É por aí... O ser humano é fiel imitador de São Tomé (antes de sua experiência divina): precisa ver para, só assim, confiar no que sente.

E nunca passou à sua cabeça que a dor pode ser o método mais eficiente de fazer com que nosso orgulho se rasgue e enfim, notemos aquilo que a vaidade não nos dá a chance de perceber?

Em curtas palavras: na dor é quando mais aprendemos! Talvez seja o corpo pedindo ajuda à alma, ou ainda mais intenso: a alma pedindo ajuda ao corpo. Mas pode ser que também estejam os dois tentando fazer com que voltemo-nos ao que nos cura de qualquer mal... Sim, a fé.

Há beleza por trás de tudo!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Depois do fim

(Confuso... Confuso que só! Mas, no fundo, é bem verdade. / O rascunho aí embaixo fala das dúvidas de alguém que não está preparado para o fim de um relacionamento e quando esse dia chega, promete não se entregar mais. Acontece que outro amor aparece e, claro, não dá pra saber se será diferente. Por isso, confia - mais uma vez - que essa pode ser a história sem fim. / Ok, muito complexo. Mas não é mesmo assim que acontece? Se acreditarmos na possibilidade de alguma novidade acabar, abandonaremos o barco ainda no porto. O jeito é fechar os olhos e correr os riscos. Cruzar os dedos e desvendar!)


Se no fim virar paixão, o que vier depois do fim vai estar nas mãos de quem?

Na espera de um amor vai estar o que se espera de nós. Na semana inteira ou o quanto passar, hei de viver as promessas contidas desde o silêncio e outra confusão.
Num próximo instante, já estarei de volta. Como quando te vi, e me desconhecendo, resumi uma vida à sua espera.
Até que então, sem querer, perdi a razão de ser... n'outra despedida.

Descanso do dia, distraio a emoção. Enxergo a novidade e confio, como sempre.

Acordo apressada, hum... o descuido do só. Não vejo mais nada, me perco e, como sempre, desacredito no fim. Mas... Se no fim virar paixão, o que vier depois do fim vai estar nas mãos de quem?

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Silêncio

Shhh... Escute-o, ele tem muito a dizer! Por mais vasto que seja nosso vocabulário, alguns sentimentos são difíceis de serem traduzidos em palavras. Devemos apenas sentir. Permitamo-nos senti-los!

Constantemente, somos bombardeados com novidades e obrigações que nos tiram o direito de silenciar. A rotina confunde calmaria com descanso, pausa... E assim, qualquer ação é interrompida. Eis o motivo pelo qual todo cansaço persiste, mesmo após uma noite inteira de sono; descansamos o corpo sobrecarregando a alma.

Bem mais simples que um discurso espiritual, não é preciso seguir alguma crença para compreendermos as necessidades do espírito, e ele precisa ser escutado. O que não pode ser percebido pelos olhos, perpassa a linha dos sentimentos e devemos senti-los, a sós.



O particular deve mesmo ser desconhecido pelos outros. Não há mapa, bússola ou roteiro que indique o caminho. Nem há religioso, especialista ou experientes no assunto "eu". Por mais ignorado que seja o trajeto, acredito que a largada seja de fato, o silêncio. 

Vivamos o deserto de nossas dúvidas, analisemos nossas próprias dificuldades, reconheçamos os limites que, aí sim, iremos saber o momento certo de comemorar - em alto e bom som - mais um aprendizado.Também há cura no silêncio.