
Que a música tem certo poder sobre mim, isso não é nenhuma novidade, mas o que quero deixar claro é que mais do que me deixar inquieta, ela funciona como uma dose a mais à minha vontade de viver. Sim, eu tenho muita vontade de viver, viver o todo, aquilo que ainda não descobri e o que sonho diariamente (isso também poderia virar música, rs).
Até que pra quem não gosta de rotina e mesmices tenho me divertido bastante quando sintonizo em alguma rádio. Sou da era em que Jorge Vercilo insiste em reinventar o perfil Djavaneado da MPB e, desconsiderando os acordes que só o "guardião do açaí" consegue decifrar, são mesmo muito parecidos. Tá, ainda faço parte da grande legião que contribui com a extensa sequência de zeros na conta bancária do rei Roberto, ah ele é universal! Mas têm muitas coisas estranhas acontecendo... Mês passado estávamos comemorando o centenário de Noel Rosa e anteontem à noite, quando liguei a tv quem estava sendo entrevistado pela Marília Gabriela nem sequer conheceu a foto em preto e branco! "Família Restart", se apresentaram.
Não vou criticar, nem elogiar. A música deve mesmo ser renovada e a amplitude de seus significados merece atingir a todas as tribos e tendências. Os meninos são inteligentes, jovens e inquietos: em primeiro lugar, o músico não pode ser acomodado, ponto.
Dos coloridos e pouco simplistas só espero que mostrem mais do que cores. E fiquem sabendo que posso até ouvir falar muito de vocês, mas a paisagem vista da janela no trem de Caetano será sempre mais colorida e mais interessante que essa novidade toda. Pronto, falei! ;)