terça-feira, 14 de agosto de 2012

A todos nós, algum dia...


À você, que não rima seus sonhos, nem faz deles planos p'ro que venha a ser;
À você, que só conta vantagem e faz sua imagem no que não pode ter;
À você, que esqueceu a sentença de uma vida intensa, sem nada a perder;
À você, que deixou sua essência e hoje a consequência te leva a sofrer.

À você, que se acha feliz, mas nem sabe o que diz o refrão da canção;
À você, que só enxerga o que quer e se esquece da fé, por não ver a razão;
À você, que se deixa levar por qualquer um que ousar te tomar pela mão;
À você, não somente à você, mas àquele que ler e entender a intenção.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Ainda não aprendi a perder


















Engraçado como o tempo se encarrega de - quase - tudo... De forçar nosso amadurecimento, de nos colocar algumas rugas e cabelos brancos, de elencar-nos N possibilidades, desde o nascer do sol. O mesmo tempo nos ensina a corrigir os erros que a vida nos levou a cometer. Da mesma forma, errando ou não, aprendemos que não temos culpa pelo imprevisível, mas necessitamos culpar algo ou alguém e, assim, acabamos por culpar a nós mesmos.

O tempo pode até fazer com que nos adaptemos à ausência, mas jamais revelará a fórmula do esquecimento. Em tudo o que aprendemos na vida, dos detalhes às mais absolutas certezas, nada se compara a uma perda. Não aprendemos a perder. Desde o momento em que somos gerados, nosso instinto nos diz que é preciso ganhar, ou não teremos outra chance. Quando nascemos é mesmo assim, e ainda pior.

Aceitar uma perda nunca foi fácil pra mim, nem penso que algum dia será. Se isso me ocorresse, acho que desistiria de tudo o que me impulsiona a seguir e não faria mais sentido acordar toda manhã. Mas entendi que esse fardo é necessário e, ainda que por vezes, eu não saiba tomar a dose certa de coragem, aprendi que é preciso seguir em frente. Aprender a perder talvez fosse o caminho mais fácil, mas que graça teria se não fosse como é?!