sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mais um sobre a vida e seus imprevistos


A espera, mesmo que incerta - e sempre será - merecia existir. Deveríamos guardar um espaço em nós para o imprevisível e, de certa forma, ele seria previsto. Pode parecer contraditório, mas penso nisso como uma verdade. Um segundo de incerteza é o suficiente para a insatisfação imediata, para o medo, a insegurança e não deveria ser assim - toda a vida é incerta!

Não há certeza, nem mesmo sobre o segundo seguinte a este - e enlouqueceríamos se pensássemos o contrário. Comecei a escrever porque tenho medo de perder o que penso. E tenho mesmo! Tanto do que planejo vai à baixo em pequenos segundos de distração... Seria ingênuo ou imaturo confiar em memórias soltas; elas tendem a se perder. Ah, enfim.

Preferiria não sofrer com os imprevistos, mas também recuso-me a esperar que tudo ocorra como planejei; hoje vejo que isso destoaria o sentido da vida e tudo o que penso de mim mesma pareceria manipulação. Passei a entender as dificuldades da espera, mas ainda não aprendi a conviver com o incerto. Ok, as orações nascem mesmo daí: de dúvidas, medos, inseguranças, sustos e dores. Resta-me apenas confiar em mim, no que não esperei, mas tenho de viver hoje e, assim, haverá alguma razão que sobreponha meus por quê's.

A missão agora é esta: confie, meu bem, confie! É preciso deixar Deus ser Deus. Bom dia!