sábado, 19 de março de 2011

Aos amantes da Lua:

A beleza do significado só se torna compreensível se alguém vive o sentimento de fato. Por exemplo uma música: para o seu compositor ela obviamente terá algum sentido especial, mas não há nada mais gratificante que ouvir alguém cantarolar uma melodia sua! Assim também acontece com os poetas, que se vêem condenados ao que dizem no mesmo instante em que tornam seus sentimentos públicos, mas não sentem medo de concretizá-los e tudo isso por acreditarem que o que escrevem, em algum momento, irá curar algum mal no mundo, ainda que esse mundo seja o seu próprio.

É muito fácil interpretar sentimentos abertos em poesias e músicas, mas decifrar aqueles escondidos nas subjetividades e nas metáforas é um quase-desafio! Só os românticos de carteirinha conseguem entender! Quem não se priva de sentir, está ao mesmo tempo tornando-se vulnerável à interpretação medíocre dos que fingem não sentir.

Esses mesmos sentimentais já estão tão envolvidos em seus próprios contos de fada que não se importam se os que ouvem sua história entendem a Lua como a lembrança de um amor escondido numa metáfora ou como um mero detalhe da natureza...

O mundo sem o romantismo seria sem graça prá mim! As poesias não eternizariam Vinícius nem Quintana, assim como as músicas do Roberto não seriam temas de novela. Que tédio! Acho muito mais interessante pensar que o motivo pelo qual o satélite natural da Terra nunca deixa de brilhar seja justamente uma promessa romântica a alguém.

Enfim. Quem sente (como eu), entende. E provavelmente, também ama a Lua! =)

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