quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Bom dia - O melhor até agora!

Há algum tempo, eu não me imaginava acordando com um sorriso no rosto. Num dia de chuva então? Isso era praticamente impossível, talvez cientificamente comprovado. Custei a perceber minhas mudanças (e eu já não era mais aquela criança). Custou muito de mim perceber algumas coisas. Eu cresci! Mas agora o que eu faço com aquele olhar de criança que ainda tenho? Aqueles sonhos que alimento desde a infância? Aqueles amores, lembranças e jeito? Será por que me dói tanto crescer?

Já me acostumei com esse jeito, os amores e até as dores, isso tudo já se acomodou em mim. Mas agora é justamente essa acomodação o que me despertou; cansei de ser sempre tão previsível! Comecei pela tentativa, cheia de dúvidas e aquela insegurança clara de quem ainda não se viu por completo - e ainda não se amou por completo -, tentei até o último momento e, olha que engraçado: descobri que posso mais! Foi assim... Exatamente assim que passei a desejar cada minuto do dia, que decidi sorrir pra mim mesma pela manhã, e pro porteiro, e pro motorista do ônibus, e pro colega de trabalho, e pra vida.

Hoje, por acaso, está chovendo. Não por acaso, o trânsito caótico do Rio não passa despercebido. Qual a relevância disso? EU ESTOU SORRINDO - e estou compartilhando isso, olha que louco! Aliás, tem muita gente me achando meio louca ultimamente e eu faço o que? Sorrio! (Haha) Só estou crescendo, gente, e sem sofrimento algum. Aceitar a dor também é uma forma de permanecer em paz! Portanto, mesmo com chuva, mesmo com trânsito, preferi sorrir e fazer deste dia O MELHOR ATÉ AGORA! :) Bom dia!!

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Eu aprendi...

Numa daquelas sessões de autoterapia - em que falo comigo mesma e escuto a mim mesma, meio louco, sim, e daí -, tirei algumas conclusões sobre cansaço. Sim, o cansaço. Um pensamento quase irrelevante pode ensinar muitas coisas como, por exemplo, o que me ensinou essa semana.

Há algum tempo, venho questionando minha rotina, reivindicando à mim mesma melhores condições de vida. Que fique claro: são questões internas e em nada têm a ver com os protestos que mobilizam multidões às ruas. Falo de condições que dependem tanto e somente de mim. Ao meu eu-psicólogo a pergunta mais frequente é: "Lara, você está feliz?", porque eu sei que sou, mas nem sempre estou feliz, de fato (sinceramente acredito que haja muita diferença entre ser e estar).

Posso olhar minha vida por completo e reconhecer-me feliz por ter as pessoas que amo ao meu lado, pelo apoio à busca pelos meus sonhos, por poder tomar meu café e comer um pão quentinho toda tarde (rs), enfim. Reconhecer-me feliz é ser grata por tudo o que me mantém viva e, se tenho tantos motivos, não vejo porque pensar o contrário; sou mesmo feliz! =)

Mas será que estou sempre assim? Será que durante boa parte do dia consigo pensar nos bons motivos que tenho pra reconhecer-me feliz? Nem sempre funciona dessa maneira (e acho que não só pra mim, viu?). Pensei que meu cansaço era físico e depositei todo o prejuízo na conta da rotina, coitada. Tirei alguns dias de férias; fiquei um tempo em casa e viajei. Revi os amigos que quase não vejo, brinquei com os bichinhos, comi meu prato predileto, tomei água de coco à beira-mar, andei sem pressa (só precisava chegar antes da novela, rs), toquei violão e prestei mais atenção no jeito de cada um, e amei ainda mais! Tive toda a certeza do quanto sou feliz.

Antes eu estava mesmo muito cansada, mas era um tipo de cansaço diferente do físico ou do mental... Era sentimental. Nem sei se existe essa expressão "cansaço sentimental", mas pouco importa. Durante esse tempo de terapia com meu eu-psicólogo (isso também não deve existir, rs) percebi a importância que o verbo "estar" exerce sobre o verbo "ser". É que eu realmente não estive tão feliz, mas isso porque senti falta dos amigos, família, bichinhos, tempero de casa, natureza, música e tantas outras coisas que ficaram no bolso escondido da necessaire.

Foi bom. Aprendi bastante, tirei foto de quase tudo, mas nem precisava; guardei cada momento que vivi. Foram só 15 dias, mas deu pra encher o tanque. Agora quando o cansaço parecer mais frequente que os sorrisos saberei que chegou a hora de tomar novas doses dessa minha energia vital. E pra todo o resto, ponho a culpa na rotina, mesmo. ;P

sexta-feira, 19 de julho de 2013

"Pretexto" no Prêmio Multishow Nova Canção 2013


A música "Pretexto", que expressa um pouco dos sentimentos de quem deixa sua cidade para lutar pelos seus sonhos em outro lugar, está concorrendo à categoria Nova Canção do Prêmio Multishow 2013. Esta é a segunda etapa do concurso e para chegar à etapa final com os 4 finalistas (que ficarão sob o julgamento do Júri Especializado) a música precisa receber muitos votos.





é só clicar em PRETEXTO - Lara Novaes Goulart Barbosa e torcer muito!!



A Nova Canção é interpretada pelas irmãs Lara e Laís. Quem sabe a nova revelação da MPB será de Itaperuna? rs


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Conectados e distantes - é assim que estamos

Imagine ser surpreendido, não por algo que te assuste, mas que seja inesperado. Num primeiro momento você fica paralisado, com mil pensamentos em um segundo, tentando entender o porquê daquilo. E já no minuto seguinte, ainda receoso, passa aquela inquietação da surpresa. Isso é mais do que comum e, comigo, costuma acontecer sempre que recebo um telefonema. Sabe o que é?! No mundo em que vivo, o telefone só tem sua função preservada dentro do ambiente corporativo. Um exemplo disso é o número decrescente de linhas residenciais. Já são raras as pessoas que se interessam pelo telefone em casa e se ele toca, certamente é telemarketing ou alguém que não tem o contato do celular, então (provavelmente) não se trata de um telefonema esperado.

É... Ao contrário do que possa parecer, faço parte de uma geração amplamente comunicativa. Concordo que os tempos são outros e que os indivíduos podem parecer cada vez mais distantes e menos comprometidos com o contato direto. Mas o que seria isso? Estamos apáticos à convivência e às relações de amizade? Bem, acho que não. Pertenço a uma tribo que entende estar vivo como ficar 24 horas por dia conectado ao mundo. Ou seja: quem realmente quer me encontrar, não me telefona e sim, manda SMS, WhatsApp, tuítes ou mensagens no Facebook. Ah, tem também o e-mail, mas essa ferramenta nem sempre é imediata, então preferimos os outros meios. Viu como é fácil me encontrar? Hum, sei não... Ainda assim, parecemos distantes. As gerações anteriores abriram mão do "pessoalmente", a minha já abriu mão do diálogo, do "falar e escutar". O que será que vem por aí? Se o toque do celular já me surpreende, tenho medo do que o som da campainha possa me causar.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Pretexto


Porque, nem me lembro! Saí de casa sem direção,
deixei o café na mesa e a minha vida nas Suas mãos.
Tentei achar algum pretexto pra voltar mais tarde, mas compliquei demais...

Qualquer história sem fundamento faz mais sentido que esta versão,
que conto sem ter ninguém pra ouvir, e canto só pra me distrair.
Bobagem minha achar que o tempo vai me esperar passar a limpo
toda a confusão que eu criar.

E é só meu jeito de enxergar um mundo meu... É só meu jeito.
E é só meu jeito de cuidar do que é meu... É só meu jeito.

Voltei - em passos lentos - a cada rua que conheci,
lembrei de alguns detalhes que fui perdendo à medida em que eu cresci.
Tentei achar outro pretexto pra voltar mais tarde, mas já cresci demais...

Qualquer história sem fundamento faz mais sentido que esta versão,
que conto sem ter ninguém pra ouvir, e canto só pra me distrair.
Bobagem minha, achar que o tempo vai me esperar passar a limpo
toda a confusão que eu criar.

E é só meu jeito de enxergar um mundo meu... É só meu jeito.
E é só meu jeito de cuidar do que é meu... É só meu jeito.